UNIVERSIDADE PAULISTA
ANDRÉ RICARDO CASTANHARE B1516B-4
DIEGO DEL PASSO B0493D-0
ELAINE DE ALMEIDA P. PEREIRA A82554-1
LUIZ PAULO ANTONIO DA SILVA B02CCJ-7










O LIVRO DIDÁTICO EM SALA DE AULA
Relatório a respeito da análise crítica elaborada









SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
2013
INTRODUÇÃO
        
O presente trabalho tem por objetivo a análise do livro Português - Linguagens: volume 2, de William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães, um exame dos aspectos históricos e de conteúdo; avaliaremos a capacidade do livro de transmitir habilidades concernentes à Literatura aos alunos do Ensino Médio, bem como a disposição dos conteúdos.
Os modelos de didática e educação mudaram, porque as pessoas também mudaram, e são essas novas metodologias que testaremos e apreciaremos aqui. Qual a forma mais eficaz de transmitir conhecimento e como fazê-lo? Qual a melhor maneira de alcançar as capacidades de conhecimento no campo do visual, que trata dos estímulos visuais na aprendizagem? O que faremos aqui não será apontar erros, mas sim aprender.













TEXTO E CONTEXTO: SITUANDO E APLICANDO

O nosso grupo se reuniu para elaborar uma análise a respeito do livro Português - Linguagens: volume 2, de William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães. Os aspectos analisados foram: a atratividade relacionada ao tema sob o olhar do aluno, o conteúdo didático, a contextualização, a intertextualidade, os conceitos históricos e, principalmente, a aplicabilidade.
Houve um assentimento mútuo de que todas as perspectivas supracitadas se encontram em um nível apropriado para o Ensino Médio ao qual o livro é destinado. Partimos do pressuposto de que os alunos não tenham tido contatos substanciais com a Literatura até então, portanto consideramos que a maneira que o livro foi elaborado proporcionou uma inovação digna de elogios.
Depreendemos que esteticamente o livro chama a atenção do aluno por utilizar imagens de quadros sublimes que invocam o espírito do Romantismo, tema abordado no capítulo em questão. Isto é essencial no mundo atual, principalmente nas questões didáticas, já que uma das linguagens com mais poder é a linguagem visual. Nada mais justo do que utilizá-la, então, como auxílio para prender a atenção dos estudantes logo no primeiro olhar, literalmente.
O conteúdo didático é irrepreensível, pois verificamos que os autores se utilizam de analogias para melhor entendimento da questão que será debatida, o que mostra uma preocupação relacionada às diversas visões completamente distintas que pode haver numa sala de aula. Muitos alunos podem ter dificuldade de entender qual é a importância de se estudar Literatura, inclusive pelo pouco conhecimento de mundo que podem apresentar, portanto as comparações são elementos didáticos que se encaixam perfeitamente no plano proposto para o perfeito entendimento por parte dos estudantes.
Outro fator importante que achamos por bem evidenciar no presente relatório é sobre a coesão entre as partes do livro. Cada trecho se intercala de uma maneira que possibilita a progressão do estudo. Por exemplo, um bom plano didático inclui a contextualização do assunto, outro fato que merece destaque na obra. Ao transpor o contexto dos séculos XIX e XX para os dias atuais, nós entendemos que o próprio aluno é transportado através de décadas e séculos, até então desconhecidos, para a realidade atual e vice-versa, o que é determinante para o entendimento dos princípios catalisadores que fizeram com que o movimento literário pudesse florescer.
De acordo com nossas reflexões, tal como o contexto, a intertextualidade é capaz de catalisar o gosto pela leitura por parte dos discentes, e isto também foi trabalhado adequadamente no livro. O fato de correlacionar Obras literárias e músicas ou filmes desperta no estudante a curiosidade e o interesse por tais relações já que o aluno pode se interessar por Literatura por meio de canções ou produções cinematográficas.
Como complemento para as questões intertextuais, nós constatamos a eficiência de se relacionar o contexto histórico. Isto leva o estudante do Ensino Médio a desenvolver o raciocínio crítico e a compreender como o social influencia na escrita e na mensagem que é transmitida. Além disso, a questão da interdisciplinaridade também é trabalhada, o que mostra a amplitude e completude da disciplina Literatura, quando bem aplicada.
E neste ponto chegamos, quiçá, ao ápice pedagógico do capítulo, pois no próprio livro há estratégias de ensino muito eficazes que podem ser aplicadas pelo docente, com muito sucesso. Destacamos a opção exposta de se trabalhar em um sarau gótico, o que exigiria e despertaria a criatividade e a participação ativa dos discentes no estudo, na organização e na aplicação. Ou seja, além de sair da aula consuetudinária, estimula-se o trabalho em grupo e a formação de novas visões por meio de representações teatrais nas quais os próprios estudantes vivenciam o enredo, o que proporciona a expansão da criticidade. Contudo, há outras opções de trabalho no livro, inclusive ainda dentro do próprio sarau, já que os alunos podem assistir à peça, não necessariamente encená-las. Dessa forma, não é possível ter considerações que não sejam positivas a respeito do livro didático em questão e sua aplicabilidade.
Nesta parte do trabalho, o grupo verificou as possibilidades de se aplicar os conteúdos a respeito do romance indianista em sala de aula, discorremos debates em grupo e principalmente, apreciamos o conteúdo do livro em relação às hipóteses de uso deste material nos segundos anos do Ensino Médio regular.
Percebemos a metodologia de trabalho utilizada pelos autores e concluímos que de forma muito particular, o material deste capítulo que discorre a respeito do romance indianista pode com muito proveito ser utilizado com o público ao qual inicialmente fora designado. Um dos motivos avaliados é a linguagem simples, porém não omissa, dos autores que de uma forma brilhante expõe o tema e trabalham seu sentido e significado para o entendimento desta fase literária no Brasil.
Também, pudemos perceber e discutir sobre a forma com que os autores apresentam referências como a épica de Basílio da Gama e Santa Rita Durão. Pois, referenciar o tema a ser discutido é extremamente importante, ocorrendo assim a perfeita assimilação do conteúdo pelo educando, e tornando a Obra familiar a ele. Outro ponto que destacamos desta parte em nosso trabalho, e que foi alvo de um debate de opiniões, incidiu sobre a ideia de que os autores afirmam ser o índio, o cavaleiro medieval brasileiro, pois o Brasil não possuiu Idade Média e por isso não tem referência alguma quanto à ideia de um cavaleiro medieval e o que sua figura representa para a sociedade na qual coexistiram.
Ainda sobre este assunto, o grupo avaliou a teoria do “bom selvagem” proposta por Rousseau, a qual é utilizada pelos autores para mostrar aos alunos a ideia que era feita do indígena na era Pré-Cabralina. Debatemos sobre a relevância deste conteúdo para a educação em Literatura no Ensino Médio; após este debate, concluímos que realmente esta parte do material é de grande proveito e possuidora de um imenso potencial para a introdução ao romance indianista nas séries do Ensino Médio, especialmente os segundos anos, que são o objeto pedagógico desta Obra didática.
Agora, nesta etapa do trabalho, analisamos a parte dedicada ao estudo do grande nome da Literatura brasileira, José de Alencar. Os autores dedicam uma grande parte do capitulo a uma assimilação entre aluno e escritor. O grupo debateu se realmente os autores foram ou não felizes em preparar esta curta biografia do escritor. Após a sessão de debates, ficou concluído que realmente o processo de aprendizagem é muito mais produtivo para o aluno, quando este já conhece informações básicas sobre o escritor da Obra a ser analisada.
Discorremos sobre o romance indianista aos olhos de José de Alencar, de acordo com os autores do livro didático; apresentamos pontos de vista sobre formas de abordagem e, após o consenso, verificamos a importância de se fazer uma abordagem à Obra de maior tendência indianista de José de Alencar, Iracema. Este foi alvo de uma nova discussão entre o grupo, pois discorremos se acaso seria necessária a implantação de um glossário em um trecho tão curto da Obra. Ao final desta mesa de debates, ficou concluído que seria de grande utilidade o uso de glossário mesmo em um trecho tão pequeno de uma Obra. Isso reforça o caráter assertivo dos autores em todos os pontos da obra didática.
O grupo acordou que neste texto a saga do herói Ipavu que tem por nome de batismo Paiap; acaba por fazer uma comparação entre as personagens de Iracema e as personagens de Expedição de Montaigne. Através deste paralelo, os autores mostram todos os aspectos do romantismo indianista e com louvor elucidam todas as dúvidas que possam surgir no cenário da sala de aula.
O ponto máximo de nossa discussão ocorreu quando o debate chegou às formas de avaliação propostas pelos autores no capítulo. Ficou muito clara a objetividade dos exercícios que retomaram todo o conhecimento adquirido através das explicações teóricas e dos dois fragmentos de texto. O grupo observou em detalhes que cada exercício possuía uma finalidade específica. Enquanto os primeiros tinham a missão de revisar o conteúdo, o grupo pode perceber que os últimos nada mais eram do que uma forma de fixação dos conhecimentos adquiridos ao longo do capítulo. Assim, chegamos ao final dos debates e da construção de nosso trabalho onde discorremos sobre o proveito da aplicabilidade do material didático que estudamos em salas de aula do ensino médio.



CONCLUSÃO

Ao final deste relatório, podemos concluir que após vários debates e discussões, a obra analisada pelo grupo é plenamente satisfatória e deve ser aplicada com toda a segurança em alunos do Ensino Médio, principalmente aos alunos do segundo ano, que são na verdade o alvo pedagógico deste livro.
Concluímos também, que todos os debates foram plenamente úteis e não obstante, serviram para que o grupo pudesse compartilhar as diversas opiniões e pontos de vista que possuímos; esta individualidade intelectual que foi explorada durante as discussões para a produção deste trabalho enriqueceu todo o fruto resultante da mesa literária. Cada detalhe, por menor que seja, não passou despercebido e culminou na produção deste trabalho.
Concluímos também que os autores foram brilhantes em cada linha produzida. A intencionalidade pedagógica do material é completamente voltada para que, em um primeiro momento, o aluno tenha uma assimilação e familiarização subsequente de todo o material. Pois, ao embasar o aluno nos conteúdos chave da matéria, este é facilmente cativado. A forma de apresentação do conteúdo dividido em etapas facilita o ensino por parte do professor e principalmente a aprendizagem do aluno. Pois, em um só tempo se trabalha a assimilação, a inserção do conteúdo já assimilado e por intermédio dos exercícios, os autores trabalham a avaliação continuada, mostrando onde e porque se faz necessária tamanha base teórica, pois se um conteúdo for omitido, todo o processo pode ser prejudicado e isso é algo que não queremos.
Por fim, chegamos a conclusão de que o material usado para a pesquisa é muito bom e merece um exame muito atento. Então, o grupo em suas pesquisas, classifica este livro como muito proveitoso e digno de ser aplicado nos mais diversos sistemas de ensino desde que seja representado segundo as instruções dos autores.




BIBLIOGRAFIA


CEREJA, William Roberto. MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português – Linguagens: Volume 2. 7º edição. São Paulo: Saraiva, 2010

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