quarta-feira, 20 de novembro de 2013

2013 - Ana Carolina, Isabel Prossi, Rafael Macedo


Universidade Paulista - UNIP
APS





Literatura brasileira: Prosa
Realismo e Naturalismo



Professora: Maria Goreti Cepinho
Letras – Turma: LL6P48



Ana Carolina M. de Almeida – RA: A82AAI-4
Isabel Prossi de Moraes– RA: B02664-2
Rafael Macedo – RA: B04726 – 7






Relatório do Desenvolvimento do Trabalho


O presente trabalho foi realizado através da avaliação de um livro didático e como é apresentado o ensino de Literatura brasileira Prosa, nas escolas, assim como as atividades propostas nos livros didáticos e o aprofundamento no ensino.
A importância do ensino da literatura é indiscutível, e o desafio do professor em renovar o aprimoramento da literatura é diário, uma tarefa árdua, que exige criatividade e dedicação.
Buscamos em várias fontes para entendermos o processo didático que a literatura sofre, e depois de muita busca tivemos a percepção de que a literatura é bastante fragmentada para que caiba no plano pedagógico da escola.




















Origem da Literatura brasileira: Prosa

A literatura brasileira faz parte do espectro cultural lusófono, sendo um desdobramento da literatura em língua portuguesa.

A prosa romântica brasileira é uma reprodução dos temas primordiais deste período: o indivíduo e a tradição. Assim como ocorrera no resto do mundo, o romance foi, a partir do Romantismo, um excelente índice dos interesses da sociedade culta e semiculta do Ocidente. No Brasil a obra A Moreninha (1844), de Joaquim Manuel de Macedo, é considerado o primeiro romance nacional e obra inaugural do romantismo, ainda que não tenha sido o primeiro romance publicado no Brasil - O Filho do Pescador, de Teixeira de Sousa (1843), antecedeu-o, mas o livro não é considerado o primeiro romance nacional por alguns pesquisadores por não possuir as linhas gerais norteadoras dos romances da Escola Romântica. Dentre as escritoras, Maria Firmina dos Reis foi a pioneira ao publicar, no Maranhão, em 1890, seu romance Úrsula, considerado o primeiro romance da chamada literatura afro-brasileira. Quem mais se destacaria nesse período é José de Alencar. O escritor trabalharia com os três tipos de ficção histórica dos românticos: passadista e colonial (O Guarani), a indianista (Iracema), a regionalista (O Gaúcho), além dos apaixonados e individualistas Cinco Minutos e A Viuvinha.















A importância de atividades extracurriculares com base no conteúdo em desenvolvimento

“Assim como não se faz leitura como se fosse sobre um objeto sem vida, também o texto, que não é neutro, não existe sem a leitura, e o conjunto desse fenômeno se caracteriza como lugar de contradições e de possibilidade de ação, de transformação. Assim, pode-se falar de uma relativa plural idade de significados previstos para e por um texto, mas que não são nem únicos, nem infinitos”. (MAGNANI, 2001, P. 50)
A literatura, enquanto produto cultural e social depende do modo como é ensinada pelos professores e, por extensão, principalmente pelos livros didáticos utilizados em sala de aula. O processo de ensino de leitura literária deve proporcionar condições para que, mais que decorar termos, o aluno seja incentivado a criar ou recriar discursos em diferentes modalidades, pois interpretar uma obra literária significa compreender a força comunicativa dos elementos 1inguísticos contextualizados, reconhecendo, distinguindo ou estabelecendo relações entre proposições apresentadas e, principalmente, assimilando sentidos, buscando a significação de um dado texto.
O contato da literatura com os alunos é algo transformador, visto que desde os primeiros anos de estudo, mudará significativamente a vida de muitos e os colocarão em uma posição na sociedade, muitos se tornarão leitores ativos, ou talvez alguns tenham o estimulo da escrita, sem contar o enriquecimento do vocabulário dos mesmos.
Para sair um pouco do tradicional as aulas podem ser mais estimulantes quando outras atividades são propostas, como peças de teatro, músicas, elaboração dos textos por parte dos alunos, estes textos podem ser inspirados por textos clássicos, resultando em textos com uma roupagem mais atual.










MATERIAL DIDÁTICO
Escolas Púbicas e Particulares

Os livros didáticos em sua maioria apresentam fragmentos textuais que não correspondem ao conjunto temático da obra, de modo que o aluno se concentra apenas no enunciado de determinada passagem, aumentando suas dificuldades para tomar a obra como um Todo. Chamado a interpretar o texto literário de forma limitada e imediata, o aluno se vê diante de sérias dificuldades, pois necessitaria de uma leitura total de uma obra para analisá-la enquanto composição literária, com assunto, tema, contexto socioeconômico e cultural expresso através de propriedades internas, e que não podem ser apreendidas tão "resumidamente", visto a abrangência e as expectativas que um texto literário propõe. Por isso, o professor não poderá usar apenas o livro didático para o ensino da literatura, podendo apresentar artigos que falem a respeito, acrescentando diversos materiais, com isso aula enriquecerá.


















Análise e interpretação do capítulo 7: “O realismo e o Naturalismo no Brasil”

O Capítulo inicia com uma breve e eficaz introdução em que narra as características básicas do Realismo e o Naturalismo, traçando suas semelhanças e diferenças.
Em seguida aponta a existências de tendências que apontaram para uma literatura empenhada em representar a realidade e o contexto social, ainda na última geração do romantismo, são citadas as Obras: Senhora e Lucíola, de José de Alencar, entre outras.  Dessa forma deixa claro para o estudante as origens dessa escola literária.
Explica o romance naturalista, tratado também como “romance de tese” por buscar uma teoria científica do comportamento humano utilizando-se de conhecimentos nas áreas de Biologia, Psicologia e Sociologia para explicar casos patológicos individuais. É ressaltada também a importância do Naturalismo ao citar que foi a primeira escola literária a colocar em evidência o pobre, o excluído, o negro e o mulato discriminados, o indivíduo vitimado por doenças físicas e mentais, além da retomada de temas antigos como o celibato, sob a ótica científica da época.
O primeiro romance Naturalista brasileiro, O Mulato (1881) de Aloísio de Azevedo é citado, bem como outros escritores da prosa naturalista, são eles: Rodolfo Teófilo (A fome, 1881), Inglês de Souza (O Missionário, 1882), Julio Ribeiro (A carne, 1888), Adolfo Caminha (A Normalista, 1892 e O bom crioulo, 1895). Além da vertente regionalista e suas obras com a intenção de aprofundar a análise da relação do homem com o meio natural e social do sertão, são elas: Luzia-Homem (Domingos Olímpio, 1903) e Dona Guidinha do poço (Manuel de Oliveira Paiva).
O capítulo traz também uma análise resumida da vida e das obras de alguns dos mais importantes escritores citados, além do contexto histórico que permeiam os cenários de suas obras,  são eles: Machado de Assis e as Obras Memórias Póstumas de Brás Cubas e Dom Casmurro; Aluísio de Azevedo e a obra O Cortiço e Raul Pompéia com O Ateneu.  Contém em todas as análises citadas, trechos das obras com o vocabulário e questões para estudo  em que é solicitado ao estudante a interpretação e a compreensão da intencionalidade das obras.
De maneira geral o capítulo, apesar de sucinto, consegue abranger e se faz compreensível ao aluno do ensino médio, está bem localizado e identificado no sumário, contem boas ilustrações sobre o tema, dicas de filme sobre releitura das Obras, sites sobre o assunto e um roteiro de estudo para o estudante que tiver  interesse em se aprofundar em seus estudos. Os temas poderiam ser mais aprofundados, mas levando em consideração o quanto é extenso conteúdo da campo da literatura e a pouco tempo disponível, pode-se dizer que o livro didático consegue atingir seu objetivo de trazer o conteúdo que servirá de base para a aula do professor.




























Principais pontos a serem ensinados:

O realismo e o naturalismo segundo o material didático analisado nasceu em consequência da crise criada com a decadência econômica açucareira, o crescimento do prestígio dos estados do sul e o descontentamento da classe burguesa em ascensão na época, o que facilitou o acolhimento dos ideais abolicionistas e republicanos. O movimento Republicano fundou em 1870 o Partido Republicano, que lutou para trocar o trabalho escravo pela mão-de-obra imigrante.  Nesse período, as ideias de Comte, Spencer, Darwin e Haeckel conquistaram os intelectuais brasileiros que se entregaram ao espírito científico, sobrepujando a concepção espiritualista do Romantismo. Todos se voltam para explicar o universo através da Ciência, tendo como guias o positivismo, o darwinismo, o naturalismo e o cientificismo. O grande divulgador do movimento foi Tobias Barreto, ideólogo da Escola de Recife, admirador das ideias de Augusto Comte e Hipólito Taine.
Os principais fatores a serem lecionados para o aluno é mostrar que ambos, o Realismo e o Naturalismo se estabelecem com o aparecimento, em 1881, da obra realista Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, e da naturalista O Mulato, de Aluísio de Azevedo, influenciados pelo escritor português Eça de Queirós, com as obras O Crime do Padre Amaro (1875) e Primo Basílio (1878). O movimento se estende até o início do século XX, quando Graça Aranha publica Canaã, fazendo surgir uma nova estética: o Pré-Modernismo
Como você observa, há vários pontos de coincidência entre o romance realista e o naturalista; diríamos até que ambos partem de um mesmo ponto x e ambos chegam a um mesmo ponto y, só que percorrendo caminhos diversos.  Tanto um como outro atacam a monarquia, o clero e a sociedade burguesa.  Inclusive, podemos encontrar, num mesmo autor, determinadas posturas mais realistas convivendo com enfoques mais naturalistas. É o caso de O Ateneu, citado acima.
Eça de Queirós, em Portugal, é outro exemplo significativo: alguns críticos o consideram realista, outros o classificam como naturalista, os fatores históricos, o contexto social da época, e os principais autores são de grande importância para o ensino desse tópico analisado.












O planejamento:

O planejamento para essa aula a ser realizado possibilita perceber a realidade dos alunos, através de uma aula estruturada e contextualizada dentro da vida do aluno. Contudo, o planejamento deve ser elaborado de acordo com o contexto social e os fatores externos do ambiente. Dessa forma, se faz necessário conhecer a realidade concreta da instituição perpassando todo o conjunto das atividades que aí se realizam, para que posteriormente sejam diagnosticados os problemas e apontadas às soluções. A forma de torná-las realidades não pode estar estranha aos conteúdos transformadores desses mesmos objetivos e nem às condições reais presentes em cada situação.
Temos como possibilidade de planejamento escolar o participativo e o estratégico, ambos com diferentes características e possibilidades. O planejamento participativo é baseado nos princípios democráticos, cuja característica principal é a participação de todos os membros da comunidade escolar nos processo decisórios da escola.
O planejamento nessa aula para esse conteúdo se faz de grande necessidade, pois é uma matéria cheia de detalhes e contexto histórico vasto para ser dado em uma aula. Sendo assim, atividades extracurriculares são de grande apoio para o aprendizado e a motivação da sala de aula. O professor pode ainda utilizar de métodos lúdicos para chamar a atenção da sala para o tópico.
















Conclusão


Com base no que foi demonstrado no trabalho conclui-se que a analise sobre “O Realismo e o Naturalismo no Brasil” foi de grande auxilio para entendermos o processo didático em sala de aula. A atuação do professor em classe deve ser clara e objetiva, para que assim os estudantes tenham compreensão total do trabalho a ser desenvolvido, e que atinja a todos os alunos, inclusive aqueles que estão em defasagem. A motivação deve ser um fator, importante quando ensinado o tópico, pois o mesmo irá dar o incentivo necessário para a participação assídua do aluno.
Sobre o material didático analisado, nota-se que o livro didático é detalhista e cuidadoso ao colocar os pontos históricos, porém notamos a necessidade do livro de ter mais exercícios de fixação.




















Bibliografia



ROBERTO CEREJA, William; COCHAR MAGALHÃES, Thereza. PORTUGUÊS LINGUAGENS 2. 7 ed. SÃO PAULO: EDITORA SARAIVA, 2010.

SCRIBD, 2010. Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/6323642/Realismo-e-Naturalismo-No-Brasil. Acesso em 17 de novembro de 2013.

INFOESCOLA, 2012. Disponível em: http://www.infoescola.com/literatura/realismo-no-brasil/. Acesso em 17 de novembro de 2013.

SUAPESQUISA, 2009. Disponível em:http://www.suapesquisa.com/artesliteratura/naturalismo.htm. acesso em 17 de novembro de 2013.

Trabalho Postado no Blog: http://www.blogger.com/blogger

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