Universidade
Paulista - UNIP
APS
Literatura brasileira: Prosa
Realismo e Naturalismo
Professora:
Maria Goreti Cepinho
Letras –
Turma: LL6P48
Ana Carolina M. de Almeida – RA: A82AAI-4
Isabel Prossi de Moraes– RA: B02664-2
Rafael Macedo – RA: B04726 – 7
Relatório
do Desenvolvimento do Trabalho
O
presente trabalho foi realizado através da avaliação de um livro didático e
como é apresentado o ensino de Literatura brasileira Prosa, nas escolas, assim
como as atividades propostas nos livros didáticos e o aprofundamento no ensino.
A
importância do ensino da literatura é indiscutível, e o desafio do professor em
renovar o aprimoramento da literatura é diário, uma tarefa árdua, que exige
criatividade e dedicação.
Buscamos
em várias fontes para entendermos o processo didático que a literatura sofre, e
depois de muita busca tivemos a percepção de que a literatura é bastante
fragmentada para que caiba no plano pedagógico da escola.
Origem
da Literatura brasileira: Prosa
A literatura brasileira faz parte do espectro cultural lusófono, sendo um desdobramento da literatura em língua portuguesa.
A
prosa romântica brasileira é uma reprodução dos temas primordiais deste
período: o indivíduo e a tradição. Assim como ocorrera no resto do mundo, o romance foi, a partir do Romantismo, um excelente
índice dos interesses da sociedade culta e semiculta do Ocidente. No Brasil
a obra A Moreninha (1844), de Joaquim
Manuel de Macedo, é
considerado o primeiro romance nacional e obra inaugural do romantismo, ainda
que não tenha sido o primeiro romance publicado no Brasil - O Filho do Pescador,
de Teixeira
de Sousa (1843),
antecedeu-o, mas o livro não é considerado o primeiro romance nacional por
alguns pesquisadores por não possuir as linhas gerais norteadoras dos romances
da Escola Romântica. Dentre as escritoras, Maria
Firmina dos Reis foi
a pioneira ao publicar, no Maranhão, em 1890, seu romance Úrsula,
considerado o primeiro romance da chamada literatura afro-brasileira. Quem mais
se destacaria nesse período é José de Alencar. O escritor trabalharia com os três
tipos de ficção histórica dos românticos: passadista e colonial (O Guarani), a indianista (Iracema), a regionalista (O Gaúcho), além dos apaixonados e
individualistas Cinco Minutos e
A Viuvinha.
A
importância de atividades extracurriculares com base no conteúdo em
desenvolvimento
“Assim
como não se faz leitura como se fosse sobre um objeto sem vida, também o texto,
que não é neutro, não existe sem a leitura, e o conjunto desse fenômeno se
caracteriza como lugar de contradições e de possibilidade de ação, de
transformação. Assim, pode-se falar de uma relativa plural idade de
significados previstos para e por um texto, mas que não são nem únicos, nem
infinitos”. (MAGNANI, 2001, P. 50)
A
literatura, enquanto produto cultural e social depende do modo como é ensinada
pelos professores e, por extensão, principalmente pelos livros didáticos
utilizados em sala de aula. O processo de ensino de leitura literária deve
proporcionar condições para que, mais que decorar termos, o aluno seja
incentivado a criar ou recriar discursos em diferentes modalidades, pois
interpretar uma obra literária significa compreender a força comunicativa dos
elementos 1inguísticos contextualizados, reconhecendo, distinguindo ou
estabelecendo relações entre proposições apresentadas e, principalmente,
assimilando sentidos, buscando a significação de um dado texto.
O
contato da literatura com os alunos é algo transformador, visto que desde os
primeiros anos de estudo, mudará significativamente a vida de muitos e os
colocarão em uma posição na sociedade, muitos se tornarão leitores ativos, ou
talvez alguns tenham o estimulo da escrita, sem contar o enriquecimento do
vocabulário dos mesmos.
Para sair um pouco do tradicional as aulas podem ser mais
estimulantes quando outras atividades são propostas, como peças de teatro,
músicas, elaboração dos textos por parte dos alunos, estes textos podem ser
inspirados por textos clássicos, resultando em textos com uma roupagem mais
atual.
MATERIAL
DIDÁTICO
Escolas
Púbicas e Particulares
Os
livros didáticos em sua maioria apresentam fragmentos textuais que não
correspondem ao conjunto temático da obra, de modo que o aluno se concentra
apenas no enunciado de determinada passagem, aumentando suas dificuldades para
tomar a obra como um Todo. Chamado a interpretar o texto literário de forma
limitada e imediata, o aluno se vê diante de sérias dificuldades, pois
necessitaria de uma leitura total de uma obra para analisá-la enquanto
composição literária, com assunto, tema, contexto socioeconômico e cultural
expresso através de propriedades internas, e que não podem ser apreendidas tão
"resumidamente", visto a abrangência e as expectativas que um texto
literário propõe. Por isso, o professor não poderá usar apenas o livro didático
para o ensino da literatura, podendo apresentar artigos que falem a respeito,
acrescentando diversos materiais, com isso aula enriquecerá.
Análise
e interpretação do capítulo 7: “O realismo e o Naturalismo no Brasil”
O
Capítulo inicia com uma breve e eficaz introdução em que narra as
características básicas do Realismo e o Naturalismo, traçando suas semelhanças
e diferenças.
Em
seguida aponta a existências de tendências que apontaram para uma literatura
empenhada em representar a realidade e o contexto social, ainda na última
geração do romantismo, são citadas as Obras: Senhora e Lucíola, de José de
Alencar, entre outras. Dessa forma deixa
claro para o estudante as origens dessa escola literária.
Explica
o romance naturalista, tratado também como “romance de tese” por buscar uma
teoria científica do comportamento humano utilizando-se de conhecimentos nas
áreas de Biologia, Psicologia e Sociologia para explicar casos patológicos
individuais. É ressaltada também a importância do Naturalismo ao citar que foi
a primeira escola literária a colocar em evidência o pobre, o excluído, o negro
e o mulato discriminados, o indivíduo vitimado por doenças físicas e mentais,
além da retomada de temas antigos como o celibato, sob a ótica científica da
época.
O
primeiro romance Naturalista brasileiro, O Mulato (1881) de Aloísio de Azevedo
é citado, bem como outros escritores da prosa naturalista, são eles: Rodolfo
Teófilo (A fome, 1881), Inglês de Souza (O Missionário, 1882), Julio Ribeiro (A
carne, 1888), Adolfo Caminha (A Normalista, 1892 e O bom crioulo, 1895). Além
da vertente regionalista e suas obras com a intenção de aprofundar a análise da
relação do homem com o meio natural e social do sertão, são elas: Luzia-Homem (Domingos
Olímpio, 1903) e Dona Guidinha do poço (Manuel de Oliveira Paiva).
O
capítulo traz também uma análise resumida da vida e das obras de alguns dos
mais importantes escritores citados, além do contexto histórico que permeiam os
cenários de suas obras, são eles:
Machado de Assis e as Obras Memórias Póstumas de Brás Cubas e Dom Casmurro;
Aluísio de Azevedo e a obra O Cortiço e Raul Pompéia com O Ateneu. Contém em todas as análises citadas, trechos
das obras com o vocabulário e questões para estudo em que é solicitado ao estudante a
interpretação e a compreensão da intencionalidade das obras.
De
maneira geral o capítulo, apesar de sucinto, consegue abranger e se faz
compreensível ao aluno do ensino médio, está bem localizado e identificado no
sumário, contem boas ilustrações sobre o tema, dicas de filme sobre releitura
das Obras, sites sobre o assunto e um roteiro de estudo para o estudante que
tiver interesse em se aprofundar em seus
estudos. Os temas poderiam ser mais aprofundados, mas levando em consideração o
quanto é extenso conteúdo da campo da literatura e a pouco tempo disponível,
pode-se dizer que o livro didático consegue atingir seu objetivo de trazer o
conteúdo que servirá de base para a aula do professor.
Principais pontos a serem ensinados:
O
realismo e o naturalismo segundo o material didático analisado nasceu em consequência
da crise criada com a decadência econômica açucareira, o crescimento do
prestígio dos estados do sul e o descontentamento da classe burguesa em
ascensão na época, o que facilitou o acolhimento dos ideais abolicionistas e
republicanos. O movimento Republicano fundou em 1870 o Partido Republicano, que
lutou para trocar o trabalho escravo pela mão-de-obra imigrante. Nesse período, as ideias de Comte, Spencer,
Darwin e Haeckel conquistaram os intelectuais brasileiros que se entregaram ao
espírito científico, sobrepujando a concepção espiritualista do Romantismo.
Todos se voltam para explicar o universo através da Ciência, tendo como guias o
positivismo, o darwinismo, o naturalismo e o cientificismo. O grande divulgador
do movimento foi Tobias Barreto, ideólogo da Escola de Recife, admirador das ideias
de Augusto Comte e Hipólito Taine.
Os
principais fatores a serem lecionados para o aluno é mostrar que ambos, o
Realismo e o Naturalismo se estabelecem com o aparecimento, em 1881, da obra
realista Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, e da naturalista
O Mulato, de Aluísio de Azevedo, influenciados pelo escritor português Eça de
Queirós, com as obras O Crime do Padre Amaro (1875) e Primo Basílio (1878). O
movimento se estende até o início do século XX, quando Graça Aranha publica
Canaã, fazendo surgir uma nova estética: o Pré-Modernismo
Como
você observa, há vários pontos de coincidência entre o romance realista e o
naturalista; diríamos até que ambos partem de um mesmo ponto x e ambos chegam a
um mesmo ponto y, só que percorrendo caminhos diversos. Tanto um como
outro atacam a monarquia, o clero e a sociedade burguesa. Inclusive,
podemos encontrar, num mesmo autor, determinadas posturas mais realistas
convivendo com enfoques mais naturalistas. É o caso de O Ateneu, citado acima.
Eça
de Queirós, em Portugal, é outro exemplo significativo: alguns críticos o
consideram realista, outros o classificam como naturalista, os fatores históricos, o
contexto social da época, e os principais autores são de grande importância
para o ensino desse tópico analisado.
O planejamento:
O planejamento para essa aula a ser realizado possibilita
perceber a realidade dos alunos, através de uma aula estruturada e
contextualizada dentro da vida do aluno. Contudo, o planejamento deve ser
elaborado de acordo com o contexto social e os fatores externos do ambiente.
Dessa forma, se faz necessário conhecer a realidade concreta da instituição
perpassando todo o conjunto das atividades que aí se realizam, para que
posteriormente sejam diagnosticados os problemas e apontadas às soluções. A
forma de torná-las realidades não pode estar estranha aos conteúdos
transformadores desses mesmos objetivos e nem às condições reais presentes
em cada situação.
Temos
como possibilidade de planejamento escolar o participativo
e o estratégico, ambos
com diferentes características e possibilidades. O planejamento participativo é
baseado nos princípios democráticos, cuja característica principal é a
participação de todos os membros da comunidade escolar nos processo decisórios
da escola.
O
planejamento nessa aula para esse conteúdo se faz de grande necessidade, pois é
uma matéria cheia de detalhes e contexto histórico vasto para ser dado em uma
aula. Sendo assim, atividades extracurriculares são de grande apoio para o
aprendizado e a motivação da sala de aula. O professor pode ainda utilizar de
métodos lúdicos para chamar a atenção da sala para o tópico.
Conclusão
Com base
no que foi demonstrado no trabalho conclui-se que a analise sobre “O Realismo e
o Naturalismo no Brasil” foi de grande auxilio para entendermos o processo
didático em sala de aula. A atuação do professor em classe deve ser clara e objetiva,
para que assim os estudantes tenham compreensão total do trabalho a ser
desenvolvido, e que atinja a todos os alunos, inclusive aqueles que estão em
defasagem. A motivação deve ser um fator, importante quando ensinado o tópico,
pois o mesmo irá dar o incentivo necessário para a participação assídua do
aluno.
Sobre o
material didático analisado, nota-se que o livro didático é detalhista e
cuidadoso ao colocar os pontos históricos, porém notamos a necessidade do livro
de ter mais exercícios de fixação.
Bibliografia
ROBERTO CEREJA, William;
COCHAR MAGALHÃES, Thereza. PORTUGUÊS
LINGUAGENS 2. 7 ed. SÃO PAULO: EDITORA SARAIVA, 2010.
SCRIBD, 2010. Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/6323642/Realismo-e-Naturalismo-No-Brasil. Acesso em 17 de
novembro de 2013.
INFOESCOLA, 2012. Disponível
em: http://www.infoescola.com/literatura/realismo-no-brasil/. Acesso em 17 de
novembro de 2013.
SUAPESQUISA, 2009. Disponível em:http://www.suapesquisa.com/artesliteratura/naturalismo.htm.
acesso em 17 de novembro de 2013.
EDUCAÇÃOSP, 2013. Disponivel em: http://www.educacao.sp.gov.br/noticias/veja-orientacoes-da-coordenadoria-de-gestao-da-educacao-basica-para-o-planejamento-escolar. Acesso em 17 de
novembro de 2013.
Trabalho Postado no Blog: http://www.blogger.com/blogger
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